sábado, 4 de abril de 2015

30

Trinta dias.


Trinta? Eu não acredito que ainda só se passaram 30 dias desde deixei grande parte do que sou.
Hoje eu não sou ninguém e é aí que você percebe que você era alguém, mesmo pensando o contrário. Sendo assim, ninguém ao quadrado.

Não sei se escrevi sobre, mas aqui não tem aquelas formiguinhas de doce infernais e eu posso deixar aquele doce guardado no armário com mais tranquilidade. O único perigo é algum flatmate pegar.
Os pubs são incríveis, singulares e mano, os banheiros são cheirosos PRA CARALHO! Eu não sei que produto é aquele que fica nos mictórios (parece bala de coco) e tem um cheiro fortíssimo que acho que nem cheiro de bosta você consegue, o barato é doido. Nunca foi tão bom mijar, sério.

Os melhores pubs (em relação à música) tem os preços mais altos enquanto os piores pubs tem os melhores preços. Fuck my life.
Já encontrei uns skinheads na rua, mas não consegui identificar se são firmeza ou se são pilantras. Só sei que eu podia ter me fodido legal nessa ajeuheusheusheuehuehuhse.
90% dos pubs e baladas aqui é de grátis pra entrar, mas infelizmente a noite de Dublin consegue ser uma das mais caras do mundo.
Nunca foi tão bom comer cogumelo e saber que é muito barato.
Ô lugar que venta, ó. O Arroz é estranho e o feijão é enlatado, barato pra caralho e muito bom!



Mas aí, cadê os amigos? Tô no lugar perfeito pra jogar conversa fora, mas eae? Demorei pra ter os amigos que eu tenho e não quero forçar amizade, não. Não sou assim.
A impressão que eu tenho no momento é que eu deixei mais do que eu esperava.

Percebi que em 1 mês de intercâmbio você não volta com o inglês fodão. Não mesmo.
Estou reaprendendo a gramática novamente, especialmente as coisas mais malditas do inglês (você mesmo, reported speech e passive voice), mas o melhor disso tudo é a explosão cultural, pelo menos da minha sala. Brasil, Uruguai, México, Omã, Itália, França e Japão, todos esses países só contribuem na afinação dos ouvidos, pois são sotaques extremamente diferentes. Não tenho o que reclamar nesse sentido, o baguio tá dahora.

Já aprendi a fazer uma omelete mais consistente, com batatas e um baguio chamado couscous, que é feito de trigo e só precisa botar água quente, doidera.


Enfim, seja o que for, a merda tá feita mesmo. a saudade é bem forte e ainda sinto que deixá-los por tanto tempo me afetou bastante. Tenho certeza de que se fosse por um mês só eu estaria de boa, mas como sei que não voltarei tão cedo, é foda...

Esses 30 dias parecem 60 e aprendi coisas pra 365.

Nenhum comentário:

Postar um comentário