segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Oferta x Demanda: Na prática a teoria parece ser outra

Estou longe de ser economista e o que escrevo aqui não passa do que eu vejo há anos, desde quando me tornei assalariado. Estudei um semestre em economia e aprendi os princípios mais básicos, principalmente "Oferta e Demanda".

Enfim, não entrarei em detalhes mais técnicos - até porque eu não posso - e ainda acho que vou abordar outros assuntos que talvez tenham ligação com isso. Posso ter desconsiderado muitos alguns fatores e se eu acabar bostejando no final das contas, que assim seja.




"O desejo dos indivíduos determinará a magnitude da demanda e a produção das empresas determinará a magnitude da oferta. O equilíbrio entre demanda e a oferta será sempre atingido pela flutuação do preço.

A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços. Nos períodos em que a oferta de um determinado produto excede muito à procura, seu preço tende a cair. Já em períodos nos quais a demanda passa a superar a oferta, a tendência é o aumento do preço.

A estabilização da relação entre a oferta e a procura leva, em primeira análise, a uma estabilização do preço. Uma possível concorrência, por exemplo, pode desequilibrar essas relações, provocando alterações de preço."(1)

Justo, muito justo, se acontecesse dessa maneira. Porém, eu vejo uma meia verdade nisso.
Não consigo pensar com rapidez em algum produto ou serviço no qual a demanda estava maior que a oferta e o preço foi reduzido, O que eu sempre vi foi aumento de preço independente da situação (pau no cu da inflação, imposto ou algo que eleve os preços "naturalmente").

Também não consigo pensar com facilidade em algum produto ou serviço no qual há uma grande oferta  e pouca demanda, por dois motivos:

1 - Cada um tem suas necessidades pessoais, então fica impossível mensurar, a não ser que...;

2 - A propaganda cria necessidades, gerando demanda.

Sendo assim, acho que é possível dizer que a demanda nunca esteve baixa.
Se a demanda está baixa, é bem provável que o produto/serviço está se tornando obsoleto. Mesmo assim, reduzir o preço está fora de questão, não é mesmo?

Agora, se produzimos em massa, a ponto de "nunca faltar", por que muitas dessas coisas custam caro, se a oferta é maior que a demanda, por mais grande que seja? Por que, mesmo com tantas marcas, a tal competitividade não reduz mais os preços? O preço dado é justo?

O único caso que eu vi faltar produto ultimamente foi por causa da lei dos extintores de incêndio pra carro. A demanda aumentou, não tinha oferta suficiente. Beleza, ainda assim, ridículo.

Qual é o problema em vender mais barato, sendo que o lucro virá de qualquer maneira?
Esse pensamento de "lucrar mais mês após mês" onde um lucro menor do que o mês anterior é visto como prejuízo (tá, não é literalmente dessa forma) não é sustentável, pois há mais matéria produzida do que usada.

Sim, os impostos são muito influentes para o valor final dos produtos, mas o que eu quis deixar exposto é o fator produção/venda, onde o valor do produto basicamente não muda.

Enfim, é isso. Deu vontade de falar sobre. Se eu bostejei, que fique bostejado.

(1) Fonte.

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