terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Dicotomia Opressiva

Aproveitando os momentos ociosos do trabalho, li uma matéria sobre o PCC, que está tomando controle das favelas do RJ e botando o CV pra morrer correr. Antes de ler o texto, aconselho ler a matéria aqui.

Logo ao ler isso, comecei a pensar no crime organizado em geral e que tipos de pessoas estão liderando as partes "estratégicas" da parada.
É estruturado pra caralho e tá pra mandar na porra toda no que diz respeito ao tráfico, principalmente de drogas.

Até aí, tudo bem - só que não -, mas o ponto crítico pra mim foi uma parte em especial: "...nossa guerra é contra o governo, entendeu?!"



Pode até ser, mas e depois? Imaginando que o PCC venceu a guerra contra o Estado, o que sobra e o que virá após isso?
Se hoje na favela quem mantém a paz é o comando, o comando vai virar a "polícia"? Eu acredito que a "paz armada" não existe e a opressão só vai vir de um outro lado.
Além do mais, o tráfico continuaria a existir dentro do Brasil? Afinal, não seria mais ilegal, quem sabe poderíamos comprar nosso saquinho de cocaína pura ("agora nóis pode comprar o bom mais barato") na loja de conveniência mais próxima.
Armas? Hmm, talvez, não. Se o PCC não manter o conceito de Estado, pode ser que alguém se rebele com as armas providenciadas por eles mesmos. Entretanto, um novo comercio ilegal de armas surgiria. A Fênix das armas hahahahaha

O crime organizado é tão opressor quanto o Estado e ambos devem ser combatidos.
Como? Boa pergunta.


Posso ter viajado um pouco ou desconsiderado algun(s) fator(es) importante(s), mas a camada mais pobre da sociedade sofre com ambos e não adianta focar apenas contra o Estado. Devemos é nos posicionar contra as mais diversas formas de opressão possíveis, pra não dizer todas. Talvez assim a gente consiga algum avanço. 

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