quinta-feira, 16 de junho de 2016

Filosofia de 5ª Categoria

Somos seres sociais, como outros animais, fato. Mas será que realmente somos animais de bando?
Podemos viver sozinhos e felizes com nós mesmos, mas em que parte aconteceu de nos sentirmos mal fazendo algo que não queremos, como por exemplo, viver sozinho (não isolado, que fique claro)?
Pessoas acabam se sentindo mal por se sentirem felizes sozinhos, enquanto observam pessoas próximas a elas se casando e tendo filho, gerando uma família como se fosse o objetivo de vida dos seres humanos. Um dia foi. Um dia.



Porra, com 12/13 anos já dá pra fazer um filho e vivemos até uns 75, com o fim da procriação na casa dos 40 anos e ainda tratamos a maternidade/paternidade uma das maiores prioridades? Viramos um coelho de longo prazo ao longo dos anos, hoje o mundo tá superlotado de gente e esse padrão de vida ainda não mudou. Não esqueci do fator de que somos seres pensantes e complexos e podemos querer ter filhos pelo simples querer, mas mesmo assim eu acho incrível a capacidade que nós temos de continuar seguindo padrões de comportamento antigos e ignorar certas mudanças. E parando pra pensar, mesmo controlando a natalidade, ainda temos nossa vida bovina, nas nossas jaulas invisíveis esperando o tempo passar, mas só que ao invés do abate, nos cortam vivos até padecermos e não aguentarmos mais. Aquele padrão de vida capitalístico. É muito tempo pra acumular bosta.
Estudamos pra virarmos chefes. Chefes precisam de subordinados, mas só estudamos pra virarmos chefes. Estudar pra dar ordens pra no final acatar ordens não é nada motivador.
"Vista a camisa da empresa, você vai se dar bem.". Pensamento mais antiquado, onde seus pais acham que se você faltar uma vez, vai se queimar pro resto da sua vida.
Isso é muito mais simples: somos mais descartáveis do que coador de papel, se eles quiserem nos demitem no segundo dia de trabalho por puro lazer. Tão descartáveis que é o chefe que leva o crédito do trabalho feito pelo operacional, mas pra manter tudo em ordem, vai uns benefícios aí pra não entrar em depressão.
E se não jogarmos o jogo, as chances que são poucas zeram.


Fazer o que fazemos...

Quando deixamos de fazer algo ou nos comportamos de uma forma que nos deixa bem por causa de outra pessoa devido à alguns padrões impostos (por ??????), como datas comemorativas, falecimento de pessoas próximas, não seguir uma religão, seguir uma religião diferente da qual você foi batizado, orientação sexual, etc., estamos abrindo mão de nossa liberdade individual e apagando sua própria identidade. Já disse antes: é difícil pra caralho, mas tente ser você sempre. Se sabote menos.


Amoreco


Acho que algo semelhante vale no universo dos relacionamentos. Eu não acredito num "felizes para sempre só nós dois", muito menos em alma gêmea, tampa da panela e afins. Acho muita presunção da pessoa pensar assim e basta olhar pela janela e ver pessoas de 2, 3 casamentos relativamente longos. Essas pessoas não encontraram sua metade da laranja? Seus relacionamentos longos foram em vão, no final das contas e agora devem se contentar em morrer sozinhos?
Meu, isso é MUITO relativo e não deve se esquecer do fator escolha.
Você pode ter conhecido uma pessoa maravilhosa, e por mais que as pessoas são únicas, no mundo há pessoas que podem te tocar da mesma maneira, na sua "diferente mesma maneira de ser/agir" e nas "mesmas diferentes peculiaridas e detalhes" do parceiro, mas você tem compromisso firmado com seu/sua parceiro, e traição é feio. Estamos sujeitos tanto a conhecer alguém assim ou nem chegar a conhecer durante um relacionamento.
Mas o que fazer? Conversa com o parceiro? Largar ele? Se relaciona com os dois, após um acordo depois de uma longa discussão? Deve ser difícil pra caralho fazer a outra pessoa entender.

Longe de condenar a monogamia, afinal a escolha é de cada um, porém ideias mudam, comportamentos mudam e continuar no barco tapando os buracos com as mãos como nossos avós e alguns pais fazem só pra manter a média de família feliz fazem é sofrer calado.

Não estou aqui pra dar opções e pra ser sincero, quem sou eu pra falar de relacionamentos? O cara que namorou uma só vez na vida, palmas pro especialista...

Mas é sempre bom lembrar que isso aqui não é conto de fadas.


No final, tudo se baseia numa questão de escolhas, então não existe de fato um certo e um errado universal. Tudo bem que a vida é uma série de escolhas entre o ruim e o pior, mas pra quê escolher o pior?
A vida pode ser menos dolorosa e só você pode aliviá-la.

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